terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Ventilação Correlacionada com anatomia




Costela
São arcos ósseos elásticos que constituem grande parte do esqueleto torácico. Localizam-se no tórax anteriormente e bilateralmente.
Existem 12 costelas de cada lado que se dividem da seguinte maneira:

a) 7 costelas verdadeiras:
Recebem esse nome por ter uma relação direta com o osso esterno. Se prendem posteriormente nas sete primeiras vértebras toráxicas e anteriormente no osso esterno através das cartilagens costais.

b) 5 costelas falsas:
Recebem esse nome porque não tem relação direta com o osso esterno. Se prendem posteriormente nas cinco últimas vértebras torácicas. Dessas costelas as três primeiras se prendem anteriormente nas cartilagens da costela acima e as duas últimas não se prendem em nada, recebendo o nome de flutuante.

As costelas também podem ser divididas em costelas típicas e atípicas, são essas:

- Costela I, Costela II, e flutuantes são as atípicas. As restantes são as típicas.

Obs. As costelas normalmente vão aumentando de tamanho da primeira até a sétima depois elas vão diminuindo gradativamente.

Características das costelas Atípicas

Ø Costela I: É achatada no plano transversal e tem superfície inferior e superior larga; é a mais encurvada e freqüentemente a mais curta; a cabeça é pequena e arredondada, possui apenas uma face articular para articulação com a primeira vértebra torácica. Ela se fixa no manúbrio do esterno.
Os acidentes anatômicos encontrados nessa costela são: Cabeça da costela, colo da costela, tubérculo da costela, tubérculo do músculo escaleno médio, Sulco da artéria subclávia, tubérculo do M. escaleno posterior e sulco da veia subclávia.
A posição anatômica dela é: superfície mais acidentada é superior e a extremidade mais acidentada é posterior.

Ø Costela II: É a mais longa que a primeira. Possui ângulo que é bem próximo ao tubérculo costal. O seu corpo não é achatado transversalmente. Próximo da sua face externa a uma tuberosidade onde se insere uma das partes do serrátil anterior. A face interna é lisa e côncava, e na sua parte posterior há um curto sulco costal.
Acidentes anatômicos encontrados são: cabeça da costela, colo da costela, crista do colo da costela, tubérculo da costela, face articular do tubérculo da costela, ângulo da costela, tubérculo do músculo escaleno posterior, tuberosidade do músculo serrátil anterior.

Ø Flutuantes: As flutuantes se diferenciam, pois, articulam-se somente com os corpos de suas próprias vértebras e não possuem tubérculo nem colo, elas são curtas, possuem poucas curvaturas e são pontiagudas anteriormente.
Não encontramos o tubérculo nessa costela, pois não encontramos o processo transverso nas vértebras que elas se articulam.

Característica das costelas Típicas

Das costelas III a X podemos dizer que a posição anatômica é o seguinte: Parte ou extremidade mais acidentada é posterior e a borda mais arredondada é superior.
Os acidentes anatômicos dessas costelas típicas são: cabeça da costela, colo da costela, tubérculo da costela, face articular do tubérculo da costela, ângulo da costela, corpo da costela, face articular da cabeça da costela (superior e inferior), crista do colo da costela e sulco da costela (localizado inferiormente ao longo do corpo).

Características Gerais

1-O que seria superfície superior na primeira costela vai se modificando devido à inclinação e curvatura que as demais costelas vão adotando.
Exemplo: na costela I as superfícies achatadas são superior/inferior e suas bordas são anterior/posterior. Já na costela II em diante as superfícies achatadas são anterior/posterior e as bordas são superior/inferior.

Obs. O ângulo da costela é a área de mudança brusca de direção da costela.

2-A costela X tem uma única face para a articulação com a sua própria vértebra (em alguns livros ela é considerada atípica).

3-Características comuns a todas as costelas são: Cabeça da costela, face articular da cabeça da costela, corpo, bordas e superfícies.

Articulações das costelas

Articulações costovertebrais

Todas as costelas sendo elas típicas ou não, se articulam com as vértebras torácicas.

- A costela típica articula-se com a fóvea costal inferior da vértebra acima e com a fóvea costal superior da sua própria vértebra (abaixo), ela também se articula com a fóvea costal do processo transverso, o que proporciona uma maior estabilidade a costela.

- A costela atípica articula-se com uma única fóvea costal que se encontra no meio do corpo da vértebra.

Obs. A costela X por ser uma exceção articula-se com uma única fóvea costal e com o processo transverso da vértebra.

A articulação costovertebral se divide em dois compartimentos sinoviais e essa divisão ocorre graças à existência de um ligamento intra-articular que se fixa na crista da cabeça da costela e no disco intervertebral. Essas duas cavidades mais o ligamento são envolvidos por uma única cápsula articular.

Articulações costotranversárias

A articulação com o processo transverso, chamada de articulação costotransversária, também são sinoviais. A cápsula que cerca essa articulação é muito fina, mas existem dois fortes ligamentos extracapsulares que cobrem o espaço entre o processo transverso e a costela, são eles:

- Ligamento costoransversário: Localizado medialmente a articulação costotransversária e fixa o colo da costela no processo transverso.

- Ligamento costotransversário lateral: Localizado lateralmente a articulação costotransversária e fixa a extremidade do processo transverso a parte não articular e áspera do tubérculo costal.

Existe mais um ligamento que se fixa na superfície superior do colo da costela ao processo transverso da vértebra de cima, esse Ligamento recebe o nome de ligamento costotransversário superior.

Articulações esternocostais

São aquelas entre as sete primeiras costelas ou entre as sete costelas verdadeiras.

A articulação entre a costela I e o manúbrio do esterno não é sinovial, ela faz conexão fibrocartilaginosa entre o manúbrio e a cartilagem costal. Da II a VII costela a articulação é do tipo sinovial e tem cápsulas articulares finas reforçadas por ligamentos esternocostais em volta.

A articulação entre a costela II e o esterno se divide em dois compartimentos separados por um ligamento intra-articular. Essa costela está se articulando exatamente entre o manúbrio do esterno e o corpo do esterno e seu ligamento se fixa na segunda cartilagem costal à junção do manúbrio e o corpo do esterno (sínfise manúbrio esternal).

Articulações intercondrais

Essas ocorrem entre as cartilagens costais das costelas VII a X.

As articulações intercondrais fornecem um suporte indireto às costelas que não conseguem se fixar no osso esterno diretamente. Normalmente são sinoviais e possuem uma cápsula fibrosa reforçada por ligamentos intercondrais.

Obs. Algumas vezes essa articulação pode envolver as cartilagens costais das costelas V e VI.
Os músculos ligados a mecânica da ventilação

1)Diafragma
O músculo mais importante da inspiração é o diafragma. Esse músculo veda a abertura inferior do tórax e suas fibras musculares inserem-se nas margens da abertura inferior torácica e migram para um grande tendão central. Esse músculo não é plano, e assumi a forma de um “balão” superiormente tanto a direita quanto a esquerda. A cúpula direita é mais alta que a esquerda. Ele é inervado pelo nervo frênico que se origina dos ramos do plexo cervical. Quando esse músculo se contrai o conteúdo abdominal é empurrado para baixo e para frente e a dimensão vertical da cavidade torácica aumenta. Além disso, as margens costais são elevadas e movidas para fora, causando um aumento no diâmetro transverso do tórax.

Obs. Em uma respiração corrente normal, o diafragma move-se cerca de 1 cm, mas já em um inspiração ou expiração forçada pode ocorrer um movimento de até 10 cm.

Quando o diafragma está paralisado ao invés dele descer na inspiração ele sobe, isso se dá devido à pressão intratorácica que cai.

2)Intercostais
Os músculos intercostais conectam costelas adjacentes. Os intercostais externos têm suas inserções na margem inferior da costela acima e superfície superior da costela abaixo. Os intercostais internos têm suas inserções no sulco costal da costela acima e superfície superior da costela abaixo mais profundamente em relação aos intercostais externos. Seus movimentos são:

- Quando os músculos intercostais externos se contraem as costelas são tracionadas para cima e para frente esse movimento é caracterizado como movimento “em alça de balde”. Esses músculos são mais ativos na inspiração.

- Quando os músculos intercostais internos se contraem as costelas são tracionadas para baixo e para dentro. Esses músculos são mais ativos durante a expiração.
Ambos são inervados pelos nervos intercostais de T1 A T12.

3)Acessórios
São incluídos como músculos acessórios da respiração os músculos escalenos que elevam as duas primeiras costelas e os esternocleidomastóides que elevam o esterno.
É importante ressaltar que esses músculos participam muito pouco ou até mesmo não participam durante a respiração tranqüila, mas durante o exercício eles podem contrai de maneira muito potente gerando o movimento denominado Braço de bomba.

Obs. Outros músculos que desempenham papéis menores na respiração são:

a)O levantador da assa do nariz => causam abertura das narinas.
b)E pequenos músculos na cabeça e no pescoço.

4)Particularidades da expiração
A expiração é passiva durante a respiração tranqüila, ou seja, ela ocorre de maneira independente a uma ação muscular. Após uma inspiração o pulmão e a caixa torácica são expandidos e graças à elasticidade de ambos eles tendem a voltar a sua posição normal.

Durante o exercício ocorre uma hiperventilação, e nesse caso a expiração torna-se ativa. Os músculos mais importantes da expiração ativa são os da parede abdominal, incluindo reto do abdome, músculo oblíquo externo e interno e o transverso do abdome. Quando esses músculos se contraem aumentando a pressão infra-abdominal e o diafragma é empurrado para cima.

As citações acima descritas foram tiradas de diversas literaturas diferentes.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Afecções cardiorespiratórias





O título quer dizer: Doença ou lesão no coração e pulmão

Noções de fisiologia

coração é formado por um musculatura estriado denominado miocardio. Esse, possui filamentos de actina e miosina (proteinas) que possibilitam a contração, que é muito semelhante a de um músculo esquelético comum.
O potêncial de ação do músculo cardíaco é provocado pela abertura dos canais rápidos de sódio e também pela abertura dos canais de cálcio.

Durante a diastole (relaxamento) o coração recebe o sangue e na sístole ele ejeta o sangue para as artérias.


O sangue venoso entra no coração pelo átrio direito; em seguida ele vai para o ventrículo direito; do ventrículo direito ele vai para o pulmão, onde vai ocorrer as trocas gasosas; depois da troca ele vai para o átrio esquerdo seguindo para o ventrículo esquerdo e assim para todos os órgãos e tecidos do corpo.

Obs. Os átrios enchem os ventrículos cerca de 75% antes da sístole, os outros 25% é completado com a sístole atrial.

Sintomas das doenças cardiovasculares

1) Dispnéia -> Alterações no ritmo respiratório tanto pra mais (taquipnéia) quanto pra menos (bradipnéia).
2) Dor torácica -> Angina pectoris - dor ou opressão na região entre o peitoral (retroesternal).

3) Cianose -> Cor azulada na pele.

4)Palpitação -> Percepção não confortável dos batimentos cardíacos ( pode ocorrer em estado emocional elevado).

5)Tosse e hemoptise (O indivíduo tosse e junto sai sangue , proveniente do pulmão) -> Tuberculose causa esse tipo de tosse.

6) Edema (Quantidade excessiva de líquido aquoso acumulado nos espaços intercelulares) -> Proveniente de uma insuficiência cardíaca total ou só no lado esquerdo ou só no lado direito.


Edema Pulmonar
Ataca violentamente certos doentes que sofrem de insuficiência cardíaca esquerda em decorrência de agravação do desequilíbrio circulatório.

Hipertensão Arterial
Pressão sanguínea arterial persistentemente alta.
-É hereditario
-O uso de algumas drogas pode causar hipertensão
-entre outros

Insuficiência cardíaca
Incapacidade do coração de bombear uma quantidade necessária para suprir a necessidadades do momento. Pode levar a uma série de outras doenças graves, como edema pulmonar por exemplo.
Principais sintomas e sinais: Vômito, náusea, dispnéia, pressão venossa aumentada, edema e cianose.


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Obrigado.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Entorse - Visão ocidental e visão oriental




Visão ocidental - Medicina Tradicional

A entorse, segundo a visão ocidental, é o resultado de movimentos bruscos que a articulação realiza provocando instabilidade óssea, podendo causar lesões ou estiramento de cápsula articular, ligamento, tendões e músculo. Os entorses possuem graus de gravidade em função da extensão da lesão e das estruturas comprometidas, principalmente os ligamentos.

Os graus de gravidade são:
-Grau I -> Ligamento tensionado, sem lesão na estrutura, dor e edema local.
-Grau II -> Lesão de parte do ligamento, dor intensa, edema difuso e ematoma.
-Grau III -> É o mais grave, ruptura total dos ligamentos, sendo nescessário cirurgia. Os principais sinais e sintomas são dor intensa, instabilidade, edema difuso e hematoma.

Normalmente ocorre quando uma articulação é forçada além de sua capacidade natural de amplitude de m0vimento. Pode, também, ser ocasionada por ligamentos frouxos, músculos fracos, lesões dos nervos, alguns tipos de calçados (sapato alto é o principal vilão) e certas maneira de caminhar.
Existem ainda patologias que podem levar a entorses crônicas: doenças sistemicas, osteoartrose (desgaste ósseo) entre outros.

Visão Oriental - Medicina Chinesa

A entorse, por esta visão, seria obstrução da energia nesse "caminho", acarretando dor, sensibilidade ou/e formigamento, em virtude da invasão externa de fatores comumente observado na natureza, como: frio, calor, umidade, vento, que, dependendo das circunstâncias do sistema imunológico do indivíduo poderão acarretar um "acúmulo" em algum local do corpo alojando-se, nos casos das entorses, nos músculos, tendões e articulações.

Resumidamente é isso...
Informações colidas do Jornal do Uni - Ibmr / N°100 . 2008
Não esqueça de deixar seu comentário sobre a reportagem e seu voto sobre o seguinte tema a ser falado.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Inicio da Fisioterapia no Brasil


*História bem resumida do que foi o inicio da fisioterapia no Brasil para quem não conhece.

Inicio da Fisioterapia no Brasil

Devido ao um surto de poliomeite em 1954, houve a necessidade de reabilitação para as pessoas infectadas. Com isso surgiu a ABBR .

ABBR = Associação Brasileira Beneficente De Reabilitação

Fundadores

Oswaldo Pinheiros Campos – Ortopedista que trabalhava no hospital Jesus

Jorge Faria – Médico traumatologista

Hilton Batista – Clínico

Fernando Lemos – Arquiteto e engenheiro

Obs. A idéia de fisioterapia surgiu em 1945, 2° Guerra Mundial.

Em 1954 surgiu a primeira escola de reabilitação chamada ERRJ (Escola de Reabilitação do Rio de Janeiro), que ficava dentro da própria ABBR.

A esposa do Oswaldo Campos era inglesa, formada em fisioterapia (formada no período da 2° Guerra). Ela foi então umas das primeiras a dar aula aqui no Brasil sobre fisioterapia. Como ela só falava inglês a aula era dada com um tradutor.

As primeiras professoras de fisioterapia no Brasil eram inglesas e Suíças.

AFFEG -> Associação de Fisioterapeuta do Estado da Guanabara (Hoje em dia recebe o nome de AFERJ).

Costa e Silva

Sofreu um ACE e precisou fazer fisioterapia, Com isso os fisioterapeutas aproveitaram para falar bem da fisioterapia e levantar a sua moral.

Com isso em 13 de outubro de 1969 foi concedida, através da junta militar a profissão regulamentar de Fisioterapeuta.

Decreto – Lei 938 / 13.08.69

É composta por 13 artigos que no seu contexto oficializa e regulariza as profissões de fisioterapeuta e de terapeuta ocupacional.

Assinaram ou foram signatários da Lei:

- Augusto Homann Rademaker

- Aurélio de Lyra Tavaris

- Marcio de Souza e Melo

- Tarço Dutra

- Leonel Miranda